08 maio, 2011

Animais na Guerra III

Os Insetos

Muitos insetos também foram usados nas guerras, alguns para alimentação e cura de doenças, como as baratas e outros como infestação de doenças nos inimigos.

As Baratas, por exemplo, eram usadas desde os gregos, para cura de dores de ouvidos. Os soldados de Nero também a utilizavam como alimento, pois alegavam que era fonte de proteínas.
As Pulgas foram usadas de modo indireto, com a infestação de ratos nos portos inimigos, as pulgas destes roedores atacavam os seres humanos e transmitiam a terrível Peste Bubônica,  o que ceifou a vida de milhares de pessoas!

Os piolhos e percevejos também eram a causa de muito incômodo nos alojamentos de guerra e podiam atordoar tanto os soldados a ponto de desconcentrá-los para os confrontos.

As abelhas, atualmente estão sendo adestradas para farejarem bombas, pelo exército dos EUA.

Animais na Guerra II

Os Pombos
 
      Ao observar essas inocentes aves pousadas nos telhados e nas praças das grandes cidades, jamais imaginaríamos que as mesmas aves já foram utilizadas em guerras e chegaram a ser essenciais para a vitória de um exército.

      Os registros mais antigos do uso desses animais para benefício do homem encontram-se na bíblia, quando Noé enviou uma pomba para verificar se as águas do dilúvio já teriam escoado. Desde então, pombos foram usados em períodos de guerra e paz, para levar mensagens e retornar com respostas, já que ainda não havia correio.

      Numa batalha em que o exército francês havia ficado isolado, sob o comando de Sylvian Raynal, o uso dos pombinhos foi uma questão de vida ou morte. Acreditem: o militar não pensou duas vezes e enviou por um pombo, o pedido de socorro e de reforços e, embora a distância fosse humanamente impossível de ser alcançada num espaço de tempo tão curto, o heróico pombo foi e retornou com a resposta salvadora, dando o seu último suspiro nas mãos do seu dono.


      Os pombos foram domesticados em 3000 a. C. e foram muito úteis em diversas batalhas, como na Segunda Guerra, quando aviões britânicos lançaram de paraquedas, diversas caixas de pombos-correio, para serem usados como mensageiros e informantes dos soldados no front. Essas aves fizeram várias viagens, chegando a atingir uma velocidade de 60 a 100km/h.

Quer saber mais??





Mal sabiam os pombos, que sua carreira militar seria perseguida por um implacável predador.....

Animais na guerra

Você sabia que a lealdade dos animais foi uma virtude muito explorada pelo homem em situações de conflito???

No livro " Animais nas Guerras", da autora Priscila Gorzoni, ed. Matrix - 2010, temos um breve relato do uso de animais domésticos e selvagens e até de insetos nas guerras que assolaram a humanidade.

Nos próximos dias faremos um breve comentário sobre os casos surpreendentes relatados nesse agradável livro. Não perca!

23 fevereiro, 2011

Milhares vão às ruas contra ditadura

(José Renato Salatiel)
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A onda de protestos pela democracia que se espalhou pelo mundo árabe assumiu proporções dramáticas no Egito. Manifestantes ocupam as ruas do Cairo há uma semana para pedir a renúncia do presidente Hosni Mubarak, há três décadas no poder.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

A maior mobilização ocorreu na última terça-feira (1º de fevereiro). Quase um milhão de pessoas lotaram a Praça Tahrir, no centro da capital. Diferente dos primeiros dias, não houve confrontos com a polícia.

Nem mesmo o bloqueio da internet e o toque de recolher impediram os egípcios de promoverem o ato. Antes disso, Mubarak tentou, sem sucesso, contornar a situação. Ele destituiu todo o alto escalão e nomeou um vice-presidente, fatos inéditos em seu governo.

Após o megaprotesto, Mubarak anunciou na TV estatal que não concorreria às eleições presidenciais de setembro, mas que permaneceria no cargo até o fim do mandato. Ele tinha planos de passar o poder ao filho, numa sucessão dinástica comum em países árabes.

O recuo do presidente teve o peso da influência dos Estados Unidos, que sinalizaram para uma retirada do apoio ao regime. A oposição, porém, pretende continuar a pressão até a renúncia do ditador egípcio.

O Egito é o país árabe mais populoso, com 80 milhões de habitantes. O território abriga uma antiga civilização que legou monumentos famosos como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. O país é também um importante aliado do Ocidente no Oriente Médio, uma das regiões mais conflituosas do planeta e rica em petróleo.

Os recentes protestos começaram com a "revolução do jasmim", que derrubou o presidente Zine El Abidine Ben Ali, na Tunísia, em 14 de janeiro deste ano. Ben Ali estava há 23 anos na Presidência. Foi a primeira vez na história que um líder árabe foi deposto por um movimento popular.

Na sequência, as manifestações pró-democracia se disseminaram por outros países da região, como a Argélia e o Iêmen. Nenhum delas, contudo, teve tanta expressão quanto a que acontece atualmente no Egito.

As revoltas nos países árabes lembram os levantes que provocaram a queda dos regimes comunistas na Europa, entre o final dos anos 1980 e o começo dos anos 1990. Entretanto, em países como o Egito, a ausência de tradição democrática torna a situação mais perigosa.


Radicais islâmicos
Sociedades árabes conhecem apenas duas formas de governo: monarquias absolutistas ou ditaduras, sejam elas militares ou religiosas. Assim, nessas nações não existem partidos que possam disputar eleições após a queda de um tirano.

O mais comum, nestes casos, é que o Estado secular seja substituído por um sistema fundamentalista. Foi o que aconteceu em 2007 na faixa de Gaza. Na ocasião, o Hamas, grupo fundamentalista islâmico palestino, conquistou o poder com a derrota do Fatah. Desde então, vive em conflito com Israel.

No Egito, a crise beneficia a Irmandade Mulçumana, que tem expressão entre as camadas mais populares da população. Acontece que o país e uma peça-chave no equilíbrio de forças no Oriente Médio. Ele é aliado tanto dos Estados Unidos quanto de Israel contra governos como o do iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Egito e Israel já travaram guerras. Os dois países assinaram um acordo de paz em 1979. Já o governo norte-americano fornece quase US$ 2 bilhões por ano de ajuda econômica e militar ao Cairo. Somente o Estado de Israel recebe maior incentivo da Casa Branca.

Internamente, Mubarak usou a justificativa de combater os radicais islâmicos para se manter no poder e restringir liberdades. Ele era vice-presente em 1981 quando o presidente Anwar Sadat foi morto por fundamentalistas durante uma parada militar na capital.

Outro fator que garantiu a permanência de ditaduras por décadas na região foi a estabilidade econômica. Isso mudou com a crise financeira mundial de 2008 e a recente alta dos preços dos alimentos. A taxa de desemprego no Egito é de 9% (no Brasil é de 6,7%) e um egípcio em cada dois vive com apenas dois dólares por dia.

Além disso, a população mais jovem - um em cada três egípcios tem menos de 15 anos - e mais bem educada não tolera mais a repressão dos governos e nem teme a tomada de poder por grupos religiosos. São eles que estão dando novos rumos ao mundo árabe

BIG BROTHER BRASIL

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.


(Luiz Fernando Veríssimo)