11 março, 2009

Mulheres na base, não no poder.

No dia 24 de fevereiro de 1932, as mulheres adquiriram o direito de voto por meio de um decreto presidencial de Getúlio Vargas. Tal conquista não seria possível durante a republica Velha, já que na constituinte de 1891, o voto feminino foi negado, sob a alegação de que seria um estimulo ao fim das famílias.
Ainda no século 19, a Nova Zelândia garantiu o direito do voto feminino, e em 1907, a primeira mulher eleita para o parlamento tomou pose na Finlândia. O Brasil, que foi o ultimo país a eliminar a escravidão, não negou a cidadania ás mulheres. Entretanto, nos dias de hoje, as mulheres não ocupam um espaço merecido na política, pois, um reduzido numero tem obtido um mandato eletivo e poucas podem legislar e executar.
Pode -se dizer que as mulheres apenas conquistaram o direito de escolha, e não o de serem escolhidas. Conhecendo essa realidade, que não é exclusiva do Brasil, a 4º Conferência Internacional da Mulheres, ocorrida em 1995 em Pequim, recomendou medidas e ações para a promoção da igualdade. O sucesso desta ação fez com que houvesse um crescimento político feminino significativo em diversos países. Contudo, no Brasil, a lei nº 9.504/97, que reserva '30%' das vagas para as mulheres, torna-se invalida ao não obrigar os partidos a preencher a lista com candidaturas femininas. É uma reserva vazia!
A mulher continua sendo enxergada pelos partidos políticos como uma formiga, servindo apenas para trabalhar nas bases e não para dividir o poder. No próximo ano, ocorrerá uma candidatura feminina á presidência da Republica, resta apenas saber se será um fato isolado ou se inspirará demais cargos eletivos para que o Brasil deixe a lanterninha do ranking mundial da participação feminina na política.